Caso Típico:
Crise vertiginosa súbita, algumas vezes severa, de curta duração, com desaparecimento completo do sintoma em menos de 45 segundos. Essa crise vertiginosa é sempre desencadeada por uma mudança de posição da cabeça do paciente. Movimentos tipicamente desencadeantes são: deitar; levantar da cama; virar de lado quando deitado; movimentar a cabeça para olhar para cima. O quadro tende a persistir por semanas a meses e, ocasionalmente, por anos. O diagnóstico da VPPB é sempre confirmado pela realização da clássica manobra de Dix-Hallpike, que, nesses pacientes, irá desencadear um nistagmo evidente, com latência e de curta duração.
Fisiopatologia
História Típica ou Clínica Típica
Relato de episódios de tontura giratória à mudança de posição da cabeça, ao deitar-se para um lado ou para os dois lados, ao levantar-se ou ao olhar para cima, com ou sem náuseas e vômitos. No intervalo entre as crises pode ocorrer uma instabilidade intermitente ou outros tipos de tontura em diferentes graus de intensidade.
Muitos casos, no entanto, têm história clínica atípica, em que o paciente refere apenas tonturas, que podem ser de diversos tipos, mal-estar e/ou enjôos, relacionados ou não com mudança de posição da cabeça. Há, ainda, pacientes com sintomas vagos, de descrição difícil, como mal-estar, impressão de "vazio no estômago", fadiga física e/ou mental, desconforto físico, impressão de desmaio iminente, calafrios etc.
As teorias atuais sobre o substrato fisiopatológico da VPPB são as seguintes: 1) ductolitíase (pedaços de otólitos provenientes do utrículo, que passam a flutuar na corrente endolinfática de um dos ductos semicirculares), em que a duração do nistagmo de posicionamento é inferior a um minuto; e
2) cupulolitíase (pedaços de otólitos provenientes do utrículo, que se depositam sobre a cúpula da crista ampular de um dos ductos semicirculares), em que a duração do nistagmo de posicionamento é superior a um minuto.
As possíveis causas de VPPB são numerosas: vida sedentária, erros alimentares, disfunção hormonal ovariana, hiperlipidemia, hipo ou hiperglicemia, hiperinsulinismo, distúrbios vasculares, trauma craniano, iatrogênica (pós-cirurgia otológica) etc.
A VPPB também pode ser idiopática ou desenvolver-se a partir de outras doenças otoneurológicas, como a doença de Menière, a neurite vestibular, a migrânea e a insuficiência vertebrobasilar.
Diagnóstico otoneurológico
Os distúrbios unilaterais são muito mais comuns do que os bilaterais.
As características do nistagmo de posicionamento (Tabela 1), pesquisado às manobras de Dix & Hallpike ou Brandt-Daroff, presente na grande maioria dos casos de VPPB, apontam o canal, o(s) labirinto(s) lesado(s) e possibilitam a distinção entre ductolitíase e cupulolitíase, orientando a seleção de exercícios de reabilitação mais indicados para cada caso, parte fundamental da terapêutica. O nistagmo de posicionamento típico acompanha-se de vertigem e/ou enjôo, apresenta latência, é paroxístico e fatigável à repetição da manobra desencadeante.
Tratamento
Referências Bibliográficas:
MAIA, Roberto A.; DINIZ, Flávia L.; CARLESSE, Agnaldo. Manobras de reposicionamento no tratamento da vertigem paroxística posicional benigna. Rev. Bras. Otorrinolaringol., São Paulo , v. 67, n. 5, Sept. 2001 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72992001000500003&lng=en&nrm=iso>. access on 07 Aug. 2014. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-72992001000500003.
Crise vertiginosa súbita, algumas vezes severa, de curta duração, com desaparecimento completo do sintoma em menos de 45 segundos. Essa crise vertiginosa é sempre desencadeada por uma mudança de posição da cabeça do paciente. Movimentos tipicamente desencadeantes são: deitar; levantar da cama; virar de lado quando deitado; movimentar a cabeça para olhar para cima. O quadro tende a persistir por semanas a meses e, ocasionalmente, por anos. O diagnóstico da VPPB é sempre confirmado pela realização da clássica manobra de Dix-Hallpike, que, nesses pacientes, irá desencadear um nistagmo evidente, com latência e de curta duração.
Fisiopatologia
História Típica ou Clínica Típica
Relato de episódios de tontura giratória à mudança de posição da cabeça, ao deitar-se para um lado ou para os dois lados, ao levantar-se ou ao olhar para cima, com ou sem náuseas e vômitos. No intervalo entre as crises pode ocorrer uma instabilidade intermitente ou outros tipos de tontura em diferentes graus de intensidade.
Muitos casos, no entanto, têm história clínica atípica, em que o paciente refere apenas tonturas, que podem ser de diversos tipos, mal-estar e/ou enjôos, relacionados ou não com mudança de posição da cabeça. Há, ainda, pacientes com sintomas vagos, de descrição difícil, como mal-estar, impressão de "vazio no estômago", fadiga física e/ou mental, desconforto físico, impressão de desmaio iminente, calafrios etc.
As teorias atuais sobre o substrato fisiopatológico da VPPB são as seguintes: 1) ductolitíase (pedaços de otólitos provenientes do utrículo, que passam a flutuar na corrente endolinfática de um dos ductos semicirculares), em que a duração do nistagmo de posicionamento é inferior a um minuto; e
2) cupulolitíase (pedaços de otólitos provenientes do utrículo, que se depositam sobre a cúpula da crista ampular de um dos ductos semicirculares), em que a duração do nistagmo de posicionamento é superior a um minuto.
As possíveis causas de VPPB são numerosas: vida sedentária, erros alimentares, disfunção hormonal ovariana, hiperlipidemia, hipo ou hiperglicemia, hiperinsulinismo, distúrbios vasculares, trauma craniano, iatrogênica (pós-cirurgia otológica) etc.
A VPPB também pode ser idiopática ou desenvolver-se a partir de outras doenças otoneurológicas, como a doença de Menière, a neurite vestibular, a migrânea e a insuficiência vertebrobasilar.
Diagnóstico otoneurológico
Os distúrbios unilaterais são muito mais comuns do que os bilaterais.
As características do nistagmo de posicionamento (Tabela 1), pesquisado às manobras de Dix & Hallpike ou Brandt-Daroff, presente na grande maioria dos casos de VPPB, apontam o canal, o(s) labirinto(s) lesado(s) e possibilitam a distinção entre ductolitíase e cupulolitíase, orientando a seleção de exercícios de reabilitação mais indicados para cada caso, parte fundamental da terapêutica. O nistagmo de posicionamento típico acompanha-se de vertigem e/ou enjôo, apresenta latência, é paroxístico e fatigável à repetição da manobra desencadeante.
Tratamento
Referências Bibliográficas:
MAIA, Roberto A.; DINIZ, Flávia L.; CARLESSE, Agnaldo. Manobras de reposicionamento no tratamento da vertigem paroxística posicional benigna. Rev. Bras. Otorrinolaringol., São Paulo , v. 67, n. 5, Sept. 2001 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72992001000500003&lng=en&nrm=iso>. access on 07 Aug. 2014. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-72992001000500003.
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