Reproduzido de:
Dermatologia na Atenção Básica de Saúde / Cadernos de Atenção Básica Nº 9 / Série A - Normas de Manuais Técnicos; n° 174 [Link Livre para o Documento Original]
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Políticas de Saúde
Departamento de Atenção Básica
Área Técnica de Dermatologia Sanitária
BRASÍLIA / DF – 2002
CID-10: B83.0
DESCRIÇÃO DA LARVA MIGRANS
Erupção linear, serpiginosa, eritematosa, discretamente elevada, e muito pruriginosa conseqüente do deslocamento da larva na pele (Figura 1). As áreas mais afetadas são pés, pernas e nádegas. Algumas vezes observa-se quadro eritêmato-papuloso que dificulta o diagnóstico.
Figura 1: Larva Migrans.
SINONÍMIA
Dermatite serpiginosa, bicho geográfico.
ETIOLOGIA DA LARVA MIGRANS
Larvas das espécies Ancylostoma caninum, Ancylostoma brasiliensis e Strongiloides stercoralis.
RESERVATÓRIO
Cães e gatos.
MODO DE TRANSMISSÃO DA LARVA MIGRANS
Adquirida pelo contato da pele com solo contaminado por fezes de animais.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
Não há.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE DA LARVA MIGRANS
Não há transmissão pessoa a pessoa.
COMPLICAÇÕES DA LARVA MIGRANS
Impetiginização com infecção secundária.
DIAGNÓSTICO DA LARVA MIGRANS
Clínico e epidemiológico.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Eeczema de contato e alergia a picada de insetos. Piodermites e Tinha dos pés: principalmente nas formas papulosas e eczematizadas o diagnóstico é difícil.
TRATAMENTO DA LARVA MIGRANS
Uma ou poucas lesões: usa-se a pomada de Tiabendazol a 5% três vezes ao dia, durante 10 dias. Muitas lesões: usar o tiabendazol sistêmico na dose de 25 mg/kg de peso, duas vezes ao dia, 5 a 7 dias. Albendazol 400 mg/dia em dose única ou repetido durante três dias consecutivos. Ivermectina na dose única de 200 mg/kg.
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DA LARVA MIGRANS
Pode ocorrer em surtos em creches, escolas. Freqüente em praias.
OBJETIVOS DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Não é objeto de vigilância epidemiológica.
NOTIFICAÇÃO
Não é doença de notificação compulsória.
MEDIDAS DE CONTROLE DA LARVA MIGRANS
Proibir cães e gatos em praias. Evitar áreas arenosas, sombreadas e úmidas. Nas escolas e creches, as areias para diversão devem ser protegidas contra os dejetos de cães e gatos.
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